Preciso me dizer que cresci.
Não são apenas as geografias do meu rosto que me contam…
Quis te provar que cresci,
Provoquei tantas vezes os museus da cabeça até aqui…
Eu te amo
É totalmente impossível não te dizer que te amo
Eu cresci,
Com cada ausência, cada presença e todos os cascos…
Estou aqui
Eu me amo
Preciso te dizer que cresci,
O tempo passando me transforma no nada e o no todo,
Quis provar que senti…
Sua ausência, seu peso, seu lado espaçoso, seu apego…
Eu me canso
Preciso me dizer que cresci,
Saber nosso espaço, colher nossos frutos, preparar o inverno…
Quis te mostrar que te amo,
Nos passos rasgados nos trapos nos brincos nas paredes pixadas…
Eu não me esqueço
Quero crescer com apreço,
Me perder em mais beijos e abraços, construindo planos…
Sei que te vejo,
Repetindo, dançando, no meu ouvido cantando músicas lindas
que ainda não conheço.
Eu te amo
E me repito e me amo e me explodo e me quero, pois não quero mais provar o meu espaço remoendo
um passado que não cabe nos meus olhos já quase cegos…
Onde escondo, refaço, desfaço, refaço tudo de novo e rasgo os retratos,
Pra no passar do tempo colar tudo com a cola torta da memória…
E me duvidar:
Será que cresci mesmo?? (rs)
Lógicamente respondendo:
-Preciso me dizer que cresci…
Pois sei dizer o sim e o não do seu espaço,
Ouvir o sim e o não do seu abraço,
Tocar os passos conforme o compasso,
Pois sei que te amo, e me amo e refaço
Os mosaicos da memória até o fim da velhice interminável…
E assim vai a vida…
Preciso te dizer que te amo, e acima de tudo me amo
Tudo conforme o compasso.
[eu te/me perdoo]
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