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Conversa Sábia com Antonio Archangelo

Na última semana de aula, os alunos do Jornal do Camões, da 2ªC, da Escola Estadual Zita de Godoy Camargo, entrevistaram o professor e criador do Método Camões, Antonio Archangelo. A conversa tinha como intuito tirar dúvidas sobre os motivos que levaram a criação Camões, como ele funciona, qual objetivo do projeto, dentre outras coisas.

A entrevista foi feita pelos alunos Eduardo Stecca e Uesley Vitor, os dois da Escola Estadual Zita de Godoy Camargo e contou com a produção de Victor Bueno, João Marcandali, Jessé e Leoanardo Alves, confira:

JORNAL DO CAMÕES: Qual motivo o levou a criar o Método Camões?

ANTONIO ARCHANGELO: Sempre tive um descontentamento em relação ao modo como a Língua Portuguesa é ensinada na escola, então a ideia era que fosse algo mais legal, mais prazeroso, tanto para mim quanto para os alunos, pois é muito maçante, em pleno 2022, ficar passando conteúdo na lousa. O professor finge que ensina e o aluno finge que aprende e todo mundo vai embora para casa frustrado…

JORNAL DO CAMÕES: Mas fazer isso e continuar deve dar bastante trabalho?

ANTONIO ARCHANGELO: Acho que o maior trabalho é desprogramar a mente dos alunos, pois eles estão totalmente acostumados, vocês estão agora no segundo ano, indo para o terceiro, já estão com a mente toda programada pela escola tradicional, então vir com um paradigma novo, às vezes, assusta, às vezes, a pessoa realmente abstrai e perde o interesse, mas é bem pouco na verdade. Acho que o mais difícil é isso, manter os alunos motivados e engajados no processo. Vocês mesmos estão tentando fazer essa entrevista faz dois bimestres, certo? Então, eu acho que hoje é um processo que está sendo coroando todo o processo que vocês iniciaram lá atrás, mesmo vocês vindo cansados… Acho que é outra dinâmica a noite, mas acho que estou contente com o resultado, têm textos fenomenais como o do Uesley que foi publicado no Jornal Diário…

JORNAL DO CAMÕES: Então, qual seria a sua motivação para continuar com ele?

ANTONIO ARCHANGELO: O problema do Brasil é só educacional, não é político, não é religioso, é educacional! Enquanto a educação brasileira não mudar, produzindo as mesmas coisas que acontecem no Brasil desde Pedro Álvares Cabral, terá os mesmos resultados. Então é preciso fazer uma educação, citando o Paulo Freire que é tão odiado hoje em dia emancipadora, os alunos precisam sair emancipados com uma visão crítica de todo processo…

JORNAL DO CAMÕES: Desculpa, mas o que é emancipado?

ANTONIO ARCHANGELO: É educar para cidadania, não estou respondendo muito bem o termo, mas você precisa sair daqui como cidadão, não como consumidor ou portador de diploma. Tem muita gente que só vem aqui para pegar o papel e guardar o papel numa gaveta, estamos falando aqui de um processo de emancipação com a análise crítica do que você faz de você mesmo, dos seus processos de solidão e de sofrimento, tudo que você vivencia e faz uma análise crítica dos processos sociais do Brasil, é isso…

JORNAL DO CAMÕES: Onde pretende chegar com o projeto Camões?

ANTONIO ARCHANGELO: Não tenho essa resposta, isso depende muito dos alunos, assim desde o Cortella que eles entrevistaram por conta própria até o jornalista que traduziu Tolkien, no Brasil, uma dupla de DJ da Alemanha, pessoal daqui do Zita, que entrevistou no ano passado em inglês…. Então, cada ano que passa os alunos me surpreendem, acho que resgatar esse potencial dos alunos, já me deixa feliz, entende?

JORNAL DO CAMÕES: O que deseja melhorar no Camões?Acho que é um processo, não é um método fixo, ele vai se aprimorando, aplicando novas tecnologias, então eu vou usando as classes que estou fazendo experimentos: às vezes coloco na lousa para ver até onde vai o interesse e vejo, realmente o site está dando mais resultado. Então, eu não sei até quando que eu vou conseguir fechar isso e fora que as questões de sofrimento psicológico estão aparecendo e eu preciso começar a pensar o que fazer com isso. Se só o relato é o suficiente, eu não sei ainda te responder isso…

ANTONIO ARCHANGELO: Acho que é um processo, não é um método fixo, ele vai se aprimorando, aplicando novas tecnologias, então eu vou usando as classes que estou fazendo experimentos: às vezes coloco na lousa para ver até onde vai o interesse e vejo, realmente, o site está dando mais resultado. Então, eu não sei até quando que eu vou conseguir fechar isso e fora as questões de sofrimento psicológico que estão aparecendo e eu preciso começar a pensar o que fazer com isso. Se só o relato é o suficiente, eu não sei ainda te responder isso…

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