Existência Inautêntica

Coletivo, ego, existência, inautêntica. Coisas difíceis de lidar, mas preciso.

A existência inautêntica seria aquilo que rodeia a sociedade, superficialismo, em relação ao ser, ser-no-mundo. Conceito trazido pelo filósofo Martin Heidegger, refere-se aos indivíduos que se mantém num plano factual e com uma comunicação com os demais muito superficial, o indivíduo que não busca entender seu próprio ser, fugindo de si mesmo; aquele que faz por fazer, reproduzindo aquilo que os outros diriam.

Em relação a comunicação superficial, caberia lembrar não do individualismo, mas do egoísmo e do seu “ego”. Em muitas relações e ocasiões, o ser humano está apto a pensar somente em sua pessoa, não para que ela possa ter uma existência autêntica, mas para que ela se sobreponha aos demais, algo que é um dos grandes males da sociedade.

Esse egocentrismo nos põe muitas vezes em prova, em várias situações. É difícil as pessoas terem um pensamento coletivo, hoje em dia há muita concorrência entre as pessoas querendo se destacar cada vez mais.

Sim, é possível ter o seu ser, enxergar o sentido do seu ser, agindo coletivamente. Ter uma existência autêntica, isto é, ser o seu próprio ser, indagando o sentido da sua existência, mesmo que às vezes angustiante, sinta-se privilegiado por esse sentimento.

*Sabinada é escrita por Kauhan Sabino, poeta e idealizador do Jornal Quincas Borba da escola Marciano de Toledo Piza, participante da Rede Camões desde 2020.